Mesa 4: Investigación, extensión y vinculación de la universidad con el entorno

Inserção da extensão na Unipampa: um olhar na implementação em dois cursos de graduação

  • Angeieski da Silveira, Rita de Cássia (Universidade Federal de Pelotas - UFPEL)
Resumen

O objeto que inspira esse estudo refere-se ao processo de inserção das atividades de extensão nos currículos dos 73 cursos de graduação da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Brasil, que tem seus dez campi, localizados na metade sul do Rio Grande do Sul. O processo que legalizou a inserção da extensão na Instituição iniciou em 2016, com a elaboração da política da curricularização, aprovada pela Resolução Nº317/2021. A publicação, pelo Ministério da Educação, da Resolução Nº 7/2018, com a política de implementação da obrigatoriedade da extensão, intensificou, em 2019, o processo de curricularização o qual, segundo Gadotti (2017), requer compreender a extensão como indissociável do ensino e da pesquisa, nas práticas pedagógicas dos currículos que devem traduzir um projeto político pedagógico integrado. Para dialogar sobre os registros nos currículos dos Projetos Pedagógicos de Cursos (PPCs), os projetos existentes e potenciais, promovendo articulações entre componentes e cursos, houve a criação de um espaço virtual; a realização de diversas reuniões virtuais; de 5 fóruns e de uma Roda de Conversa. O resultado da implementação da política são 600 projetos, provenientes de todas as áreas de conhecimento. Como um recorte possível, apresento elementos de dois cursos, uma Licenciatura e um Bacharelado (Engenharia), a partir de uma pesquisa documental, qualitativa, realizada nos PPCs. Os resultados demonstram que a política de extensão está alinhada à área de conhecimento: a Licenciatura compreende as ações como práticas sócio-culturais e acadêmicas, integradoras e humanizadoras, numa relação dialógica que vincula a Universidade e a comunidade externa. A Engenharia concebe como princípios da política a inserção dos discentes na comunidade para a aplicação dos estudos; o atendimento de demandas de formação; consultorias e ações empreendedoras, visando a transformação da realidade econômica e social. Nos currículos, a Licenciatura apresenta atividades de extensão não vinculadas a componentes, enquanto a Engenharia vincula-as. A interdisciplinaridade e a flexibilização curricular são promovidas pela extensão: na licenciatura, possibilita o diálogo com cursos de outras áreas do conhecimento; e na Engenharia, as atividades perpassam diversos componentes curriculares e os conteúdos são aplicados no contexto da comunidade. Superados os desafios do processo de implementação da extensão (falta de formação de docentes extensionistas; disputas na organização curricular; manutenção da carga horária mínima do curso etc.), outros desafios advêm das efetivas práticas de extensão e seus resultados, gerando dados para pesquisas futuras.